Subscrição de CoffeeLetters

Se o universo do café tivesse coração, estaria num campo agrícola encravado entre prédios, nos arredores de Lisboa, e não nas vastidões africanas ou americanas onde é produzido.
“Não há outro lugar no mundo onde se faça um trabalho como este”, garante o engenheiro agrónomo Vítor Várzea, de 55 anos, um dos principais cientistas, da dezena de investigadores, que mantém e desenvolve um projecto iniciado há pouco mais de meio século – o Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), em Oeiras.


A participação do café Robusta na exportação mundial de café tem aumentado nos últimos dez anos, enquanto o grão Arábica, considerado de melhor qualidade, perde espaço no mercado internacional. A taxa média anual de crescimento da exportação do Robusta nos três primeiros trimestres do ano-cafeeiro (Outubro a Junho) de 2002/03 a 2011/12 é de 3,6%, enquanto a do Arábica alcança 1,2%. O levantamento faz parte do relatório mensal da Organização Internacional do Café (OIC).


A Organização Internacional do Café (OIC) afirmou que a produção de 2011/12 (Outubro/Setembro) é estimada em 131,4 milhões de sacas, ante o consumo de 137,9 milhões de sacas em 2011. O que pressiona o Brasil para que tenha uma ampla produção neste ano. Os produtores brasileiros começaram a colheita com atraso e, embora a safra ainda deve ser recorde, com mais de 50 milhões de sacas, chuvas sazonais prejudicaram a sua qualidade.


Uma rápida expansão na ferrugem do cafeeiro, uma das doenças mais devastadoras, poderá prejudicar novamente a próxima colheita da Guatemala e danificar até 10% da produção, afirmou Ricardo Villanueva, presidente da Associação de Produtores do país, Anacafé. Desde a colheita passada, que terminou em Abril, os produtores estão a lutar com um novo tipo de ferrugem, que mata as folhas dos cafeeiros, minando os seus nutrientes de tal forma que a debilitada planta produz poucos grãos.


Beber café moderadamente já foi relacionado à menor probabilidade de desenvolver a doença de Parkinson. Mas agora, uma pesquisa da Universidade McGill, no Canadá, constatou que duas chávenas diárias da bebida podem aliviar os tremores e outros sintomas causados pela doença.


O relatório de Estatísticas do Comércio de Café, elaborado pela Organização Internacional do café (OIC), referente ao mês de Junho de 2012, aponta que as exportações mundiais de café totalizaram 9,58 milhões de sacas, em comparação com 9,11 milhões de sacas em Junho de 2011.
As exportações nos primeiros 9 meses do ano cafeeiro 2011/12 (Outubro de 2011 a Junho de 2012) diminuíram 0,3%, para 81,16 milhões de sacas, em comparação com 81,41 milhões de sacas no mesmo período do ano cafeeiro passado.


O Vietname, maior produtor mundial de café Robusta, planeia expandir a sua área de plantio de Arábica para 96.000 toneladas até ao ano 2020. A nação do sudeste asiático, vai expandir as áreas norte e central da produção de Arábica para 40.000 hectares, ao longo dos próximos oito anos.
Segundo Pham Van Thanh, responsável governamental, “o objectivo é manter a área estável em 40.000 hectares até 2030”. De acordo com informações do governo, a produção de Arábica será responsável por 9% da produção do país no ano 2020, contudo não foi revelado o quanto será investido na expansão.


Em Viena, há várias coisas que são tradicionais na cultura do café. Este chega numa pequena bandeja prateada, acompanhado de um copo com água que traz uma colher em equilíbrio precário. Os clientes podem ficar sentados a tarde toda, a ler os jornais ou a conversar. E o copo de água é gratuito. Mas uma campanha para chamar a atenção para a falta de água na Serra Leoa está a ser vista por muitos como um modo de quebrar a tradição do copo de água gratuito, e de este começar a ter um preço.


A Autoridade de Desenvolvimento do Café de Uganda (UCDA) colocou em prática estratégias para melhorar a qualidade do café processado. O gerente de qualidade e regulamentação, Edmund Kananura, afirmou que a UCDA está preocupada porque o Uganda é o segundo maior produtor de café de África, e o décimo a nível mundial, mas 98% do seu café é exportado.


O chefe do Departamento do Instituto Nacional do Café, na província de Cabinda, considerou, na Sexta-feira, ter havido uma baixa considerável na produção do café, devido ao estado de envelhecimento dos cafezais e dos agricultores. José Alexandre Zau afirmou que a colheita ficou muito aquém da expectativa por dois factores preponderantes, mas, ainda assim, foi possível colher cerca de 239 toneladas de café. “A maior parte dos agricultores que cultivam café possui uma idade avançada, o que não corresponde às exigências da produção actual, que requer muito dispêndio físico”, salientou.


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