Subscrição de CoffeeLetters

Os produtores de café da Guatemala parecem estar numa corrida de desafios na questão da ferrugem do café há alguns anos graças às incertezas referentes às três variedades resistentes ao fungo, que impulsionaram os oficiais a se posicionarem contra os replantios agora.
Os surtos de ferrugem do café na América Central causaram perdas ainda maiores à produção da Guatemala do que se pensava originalmente, afirmou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reduzindo sua previsão para 2013/14 em 480.000 sacas, para 3,42 milhões de sacas.


O ataque de ferrugem nos cafezais de El Salvador está na sua fase de máxima infecção, segundo Adán Hernández, encarregado do programa de manejo integrado de pragas do café da Fundação Procafé.
O especialista declarou que, nesta fase, os cafezais apresentam grande parte das folhas afectadas, situação manifestada por manchas ou pústulas que se apresentam nas folhas.


O Instituto de Café da Costa Rica (ICAFE) fornecerá aos produtores de café sementes e mudas da variedade Obatã, que apresenta alta tolerância à ferrugem.
Desde 2012, esta doença causa muitos danos à cafeicultura do país devido à diminuição na atenção dos cafezais e aos aspectos climáticos. O gerente técnico do ICAFE, Jorge Ramírez, explicou que a variedade Obatã é uma planta tipo Sarchimores (cruzamento da variedade Villa Sarchí com o Híbrido de Timor), originária do Brasil.


A ferrugem, doença fúngica que recentemente eliminou até 30% de algumas lavouras de café de países andinos e da América Central, deve prejudicar menos a produção do Arábica suave nesta temporada, afirmaram autoridades e especialistas durante conferência da OIC (Organização Internacional do Café), em Belo Horizonte.
Colômbia e México, dois grandes produtores da região, não devem sofrer perdas significativas para a doença, capaz de destruir lavouras inteiras se não for devidamente controlada por pulverização, fazendo com que os frutos verdes caiam das árvores.


O controle da praga da ferrugem do café e o programa de renovação dos cafezais permitirá um crescimento constante da produção do grão na Colômbia em 2014, afirmou nesta quarta-feira Juan Esteban Orduz, presidente da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia.
"O problema da ferrugem do café está sob controlo, graças, em parte, à produção de variedades resistentes a este fungo e ao programa de renovação de cafezais", destacou Juan Orduz, que participa em Belo Horizonte da reunião dos 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC).


Representantes da indústria do café na América Central informam que a safra de café Arábica está a ser atingida por um surto de ferrugem, de acordo com o site da Reuters.
Pequenos produtores como Graciela Alvarenga, que tem uma área plantada de menos de 1 hectare, na região de El Paraíso, nas Honduras, próximo da fronteira com a Nicarágua, foi tão atingida que agora usa as folhas e galhos das suas plantas de café como lenha. “Acho que não irei produzir nada este ano”, explica Graciela Alvarenga. “Quase perdemos a fazenda inteira”.


A colheita de café da Guatemala no período 2013/2014 pode ter uma queda de 40%, informou a imprensa local e a Associação Nacional de Café (Anacafé). O motivo é o ataque do chamado fungo roya, que causa a ferrugem dos cafeeiros. Devem ser colhidos 2,4 milhões de quintais, que equivalem a 240 mil toneladas. No período 2011/2012, foram 4,8 milhões de quintais (480 mil toneladas). No período 2012/2013, foram 4,1 milhões (410 mil toneladas).


Com o agravamento do surto de ferrugem dos cafeeiros, em termos sociais e económicos, a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia (FNC) irá acolher um seminário subordinado a esta realidade, com o objetivo de partilhar informação e aumentar a sua visibilidade.


O director executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva, em entrevista exclusiva ao Coffee Break, afirmou que a situação dos produtores de café dos cinco países que ele visitou na América Central é “desoladora e preocupante”. Robério esteve na Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica para conferir de perto os estragos causados pelo surto de ferrugem nos cafezais. “Vamos entrando na lavoura e percebemos o que a doença causou, toda a folhagem está no chão”, contou o diretor da OIC.


O abandono das técnicas tradicionais do cultivo do café e o uso indiscriminado de pesticidas e fungicidas está a aumentar de forma drástica a proliferação do fungo da ferrugem, que está a afectar plantações e colheitas de café na América Central e no México, informou o ecologista John Vandermeer, da Universidade de Michigan.
O ecologista realizou estudos científicos numa plantação de café orgânico no sul de Chiapas, México, durante 15 anos.


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