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O mercado global de café estará em deficit de 800 mil sacas de 60 kg na temporada 2014/2015, por perdas na colheita de Arábica pela seca no maior produtor mundial, o Brasil, e problemas causados pela doença fúngica na América Central, afirmou uma autoridade da Organização Internacional do Café (OIC).
Apesar disso, o mundo tem stocks suficientes para atender ao consumo projetado de 146 milhões de sacas, afirmou nesta sexta-feira (7/11) à Reuters o diretor-executivo da OIC, o brasileiro Roberio Oliveira Silva, durante conferência na Etiópia.


A produção de café das Honduras, principal produtor da América Central, deve alcançar 5 milhões de sacas de 60 kg na safra 2014/15 (Outubro de 2014 a Setembro de 2015), o que corresponde a um aumento de 8,7% em comparação com a safra actual 2013/14, estimada m 4,6 milhões de sacas. O levantamento faz parte de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).


A exportação mundial de café teve um aumento de 4,6% em Abril, em comparação com o mesmo mês de 2013. Foram embarcadas 10,25 milhões de sacas de 60 kg em comparação com 9,80 milhões de sacas em Abril de 2013. A informação é da Organização Internacional do Café (OIC).


Café Africa International, um grupo de pesquisa com sede na Suíça, afirmou que África deve voltar a liderar a produção global de café dentro de uma década. "Eu tenho convicção de que África será o maior fornecedor de café para os mercados mundiais, que estão a consumir cada vez mais o produto", afirmou o chefe-executivo (CEO) da entidade, John Schluter, num evento em Laundê, capital dos Camarões.


Os efeitos da seca prolongada no Brasil – e o consequente aumento do preço do café – chegaram aos consumidores europeus. A Tchibo, líder do mercado de café torrado em países como Alemanha, Áustria e Polónia, colocou panfletos em supermercados e pontos de venda para informar que o valor do tipo Arábica do produto aumentou neste mês devido à queda na produção brasileira.


Os produtores de café da Guatemala parecem estar numa corrida de desafios na questão da ferrugem do café há alguns anos graças às incertezas referentes às três variedades resistentes ao fungo, que impulsionaram os oficiais a se posicionarem contra os replantios agora.
Os surtos de ferrugem do café na América Central causaram perdas ainda maiores à produção da Guatemala do que se pensava originalmente, afirmou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reduzindo sua previsão para 2013/14 em 480.000 sacas, para 3,42 milhões de sacas.


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