Após 12 anos de estudo e apoio de investigadores do México e da Costa Rica, conseguiu-se criar uma nova variedade de café chamada “Maracatú”, que produz o dobro do normal no primeiro ano da planta e com maior qualidade.
A nova variedade reúne as principais qualidades de sabor, cor, aroma, corpo e qualidade das variedades “Márago” e “Caturra” – de onde surgiu os eu nome -, além de outras que se foram complementando.
De acordo com o presidente do Bloco Social Independente de Comunidades Populares (Blosicop), Noel Rodas Vázquez, actualmente existem 800 plantas a produzir em Victoria, zona rural alta do município de Tapachula, no Estado de Chiapas (México).
Noel Vázquez explicou que este café é altamente resistente às pragas, não requer grandes cuidados e, adicionalmente, são efectuadas provas para que se produza duas vezes ao ano, como tem sido obtido com outras variedades. “As plantas não são muito altas e, portanto, podem ser trabalhadas facilmente. Além disso, as provas químicas no fruto revelaram que têm a mesma qualidade que os melhores grãos orgânicos de exportação. Com este tipo de café, poder-se-ia elevar a pouco mais do dobro a produtividade de Chiapas, renovar as plantações, reduzir os custos de produção, proteger o meio ambiente de diversas pragas e, portanto, duplicar as divisas geradas pelo café ao México. Em Chiapas, 70 centavos de cada peso que circula provêm da comercialização de café, e desse cultivo dependem economicamente mais de 1 milhão de pessoas, ou seja, um quarto da população total do Estado. Com o “Maracatú”, poderiam ampliar-se as exportações, considerando a elevada procura do café de Chiapas em diversos mercados do mundo, principalmente nos europeus e nos Estados Unidos da América”, reforçou.
Fonte: Revista Cafeicultura