O baixo preço da saca de café no mercado internacional foi o principal tema analisado nas assembleias regionais desenvolvidas pela Associação Nacional de Cafeicultores de Honduras (Anacafeh).
Uma das medidas é reduzir os custos ao máximo, considerando que a baixa actual nos preços é mais grave que o fungo da ferrugem que ataca os cultivos, disse o presidente da Anacafeh, Jorge Lanza.
Um produtor gasta em média US$ 73 para produzir uma saca de 46 quilos de café e vende-a por US$ 53,50 a US$ 58,40, o que representa um défice de US$ 9,7 a US$ 14,6, estimou a fonte. O quintal de café (saca de 46 quilos) fechou na sexta-feira passada em torno de US$ 109 no Mercado de Café, Açúcar e Cacau de Nova York.
“Os baixos preços afectam mais que a ferrugem, no sentido de que não devolve o que investimos; enfrentamos gastos maiores em relação ao preço de venda”, afirmou Jorge Lanza.
Outra medida que a Anacafeh determinou para enfrentar esse problema da condição de oferta e procura é fortalecer a transferência de tecnologia e renovar fazendas com variedades resistentes. “Cuidemos das variedades susceptíveis, recordemos que Honduras está entre os maiores exportadores de café especial”, disse ele.
As exposições em trabalho conjunto com o Fundo Cafeeiro Nacional (FCN) iniciaram em Tegucigalpa com produtores de El Paraíso, Francisco Morazán, Olancho, Intibucá, La Paz e Comayagua. Continuaram em San Pedro Sula, com a dirigência cafeeira de Cortes, Yoro, Santa Barbara e, no sábado, a assembleia se estendeu a Copán, Lempira e Ocotepeque.
Nesse ciclo que iniciou em Outubro e termina em Setembro de 2014, as exportações estão retidas pela colheita de grão, mas reiniciarão em Março com a meta de gerar US$ 700 milhões em divisas.
Fonte: Revista Cafeicultura