Subscrição de CoffeeLetters

Numa plantação com 35 mil cafeeiros, no estado de São Paulo (Brasil), foram instalados 12 equipamentos, denominados anéis, que vão libertar dióxido de carbono nas plantas, de acordo com a direcção dos ventos. A intenção dos investigadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é saber os efeitos da mudança do clima numa das principais culturas agrícolas do Brasil. Os grãos testados serão o ubatã e o catuaí-vermelho, este último é um dos mais plantados no país.


As novas linhagens são o resultado de quase meio século de pesquisa, em instituições como a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Empresa de Pesquisa Agro-Pecuária de Minas Gerais (EPAMIG), com a colaboração do investigador António Alves Pereira.
As sementes dos materiais avançados chegaram à Universidade Federal de Uberlândia (UFU) há 13 anos, e a partir daí o trabalho de pesquisa foi intensificado por investigadores da instituição, que só agora começam literalmente a “colher frutos”.


O cenário climático do mundo para as próximas décadas não é animador. As previsões são de um aumento da temperatura em todo o planeta, originando fenómenos como enchentes e secas, que devem afectar a agricultura em diversas regiões. Em virtude disso, investigadores brasileiros procuram adaptar as plantas para enfrentar as variações do clima. Uma vitória recente nessa luta é a identificação, no café, de um gene com potencial de tornar as plantas resistentes à seca. Esta descoberta pode tornar a agricultura mais tolerante ao clima futuro e reduzir o uso de água.


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