O fungo Roya, causador de uma doença denominada por ferrugem do cafeeiro, tem devastado as plantações de café da América Central, tendo como consequência elevados custos para os produtores num momento de queda dos preços da commodity no mercado internacional.
Os dois principais produtores da região, Guatemala e Honduras, ainda estão a calcular os prejuízos, sendo que os danos estão a ser maiores do que o previsto. “É terrível”, afirmou Ricardo Villanueva, presidente da Associação de Café da Guatemala (Anacafé). “Os defensivos não estão a surtir efeito”, acrescentou.
O fungo desaparece momentaneamente, mas volta a aparecer. É uma situação muito difícil, de elevados custos e nenhum resultado positivo. O Roya chegou a ser detectado em cafezais entre 5.000 e 6.000 metros de altitude, embora se manifeste, geralmente, em plantações até 4.000 metros acima do nível do mar.
Para Ricardo Villanueva, as áreas montanhosas estão mais quentes devido às mudanças climáticas, o que favorece a propagação do fungo. “A preocupação é que metade da safra de café está a ser cultivada por pequenos produtores, que não combatem o fungo de maneira adequada”, afirmou o presidente da Anacafé.
Fonte: Revista Cafeicultura