Subscrição de CoffeeLetters

Sabe-se que os preços das commodities são muito sensíveis ao movimento de aversão ao risco dos mercados financeiros. Em períodos de desaceleração da economia, como se observa na Europa e nos Estados Unidos, a procura dos investidores por activos de risco tende a reduzir bastante.
De acordo com projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), as cotações das commodities devem apresentar uma trajectória declinante nos próximos anos. E o café, como uma das principais commodities agrícolas comercializadas mundialmente, seguirá a mesma tendência.


Os preços futuros do café dispararam ontem e atingiram o nível mais alto em cinco semanas na bolsa de Nova Iorque. Os contratos de arábica para entrega em Maio terminaram o pregão cotados a US$ 2,3755 por libra-peso, um ganho de 875 pontos.
Segundo analistas consultados pela Bloomberg, o mercado foi impulsionado pelas especulações de que a próxima safra brasileira não será suficiente para fazer face à procura doméstica e à exportação. De acordo com o relatório divulgado na terça-feira pela Conab, o país deverá colher entre 49 milhões e 52,3 milhões de sacas em 2012.


A produção mundial de café provavelmente recuará 4,4% em 2011/12, para 127,4 milhões de sacas de 60 quilos cada, devido às menores colheitas nos principais países produtores, afirmou nesta quinta-feira o director executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Oliveira Silva.


A Colômbia e outros grandes produtores de café de alta qualidade esperam a maior safra em três anos, uma mudança que poderia amenizar a valorização recente dos preços.
A menos que o clima prejudique a colheita, a Colômbia, o México, o Peru, e todos os países da América Central, excepto El Salvador, estão à espera de safras maiores, segundo uma pesquisa com as organizações de café nacionais. Combinada, a produção desses países é estimada em 26,35 milhões de sacas de 60 quilos, uma alta de pelo menos 2% na safra que começa a 1 de Outubro.


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