Produzir uma tonelada de café na Colômbia custa mais de US$ 2.700, afirmou o director da chamada Missão para Competitividade do Sector Cafeeiro, Juan José Echavarría. Entretanto, a tonelada de cafés suaves é produzida em média a US$ 1.450 na América Latina e US$ 1.400 no resto do mundo.
A missão, que terminou na semana passada, entregará os seus resultados no próximo dia 12 de Fevereiro, e não durante as sessões do congresso cafeeiro do final desse mês, como indicou o presidente da Colômbia há quase um ano.
Echavarría afirmou que há 16 temas que actualmente são analisados com a sua equipa de trabalho. Esses dividem-se em grupos, com três estudos sobre o mercado mundial de café; outro sobre produtividade, custos, inovação e meio-ambiente; três análises sobre estabilização e seguros e uma sobre o tema das associações de produtores. O director da missão destacou vários temas que deixam em dúvida a competitividade da cafeicultura.
Além do já dito sobre os custos de produção, têm-se que esses cresceram em US$ 700, com relação aos dados reportados entre 2003 e 2011. Por outro lado, a área de produção cafeeira manteve-se relativamente constante, enquanto a participação da Colômbia nas exportações mundiais de café caiu de 25% em 1992 para 7% hoje.
Com relação aos subsídios directos do orçamento nacional à cafeicultura, esses aumentaram de forma exponencial: de 14 bilhões de pesos (US$ 7,29 milhões) em 2006 para 892 bilhões de pesos (US$ 464,78 milhões) nesse ano.
Para 2014, estimam-se os subsídios ao preço do café de não menos de um bilhão de pesos, à medida que o subsídio PIC (Proteção à Renda do Cafeicultor) é de 145.000 pesos (US$ 75,55) quando o preço interno de compra é inferior a 700.000 pesos (US$ 364,73) por carga de 125 quilos, mas sobe para 165.000 pesos (US$ 85,97) quando esse baixa de 480.000 pesos (US$ 250,10). Hoje, o mercado nacional abre em 378.125 pesos (US$ 197,02) por carga.
Por último, Echavarría relacionou algumas incertezas do café. Entre outras, destacou os actuais preços no cultivo de café Robusta, a expansão às zonas não tradicionais, a negociação e o conflito armado e, por último, a taxa de câmbio.
Por outro lado, o presidente da associação de exportações privados, Asoexport, Carlos Ignario Rojas, afirmou que as medições de Echavarría não consideram que os anos de 2011 e 2012, foram os de mais baixa produção nos últimos 35 anos. Salientou ainda que esses custos de produção são mais altos devido ao facto de a infraestrutura de benefício estar montada para uma produção de 12 milhões de sacas e a deficiência nas vias principais.
Fonte: Revista Cafeicultura