A produção de café da Colômbia deve aumentar em 2013, mas não o suficiente para cumprir a meta da Federação de Cafeicultores, que é pelo menos 10 milhões de sacas de 60 kg, segundo a Associação dos Exportadores de Café do país.
A entidade afirmou que muitos produtores não têm condições financeiras para adquirir fertilizantes, e que por isso a produção não deve alcançar a meta. Maior produtor de café Arábica de alta qualidade, a Colômbia há anos que não cumpre as suas metas de produção, por causa de factores climáticos e de pragas nos cafezais.
A produção foi de 8,5 milhões de sacas em 2012, e deve passar para 9 milhões no próximo ano. Mas o aumento dos custos de produção e o baixo preço do café no mercado estão a afectar as margens de lucro dos cafeicultores, o que contribuiu para manter baixo o uso de fertilizantes, segundo Carlos Ignácio Rojas, director executivo da entidade privada Asoexport. “É um grande desafio chegar a 10 milhões de sacas”, afirmou. “Não podemos controlar as decisões dos produtores. Se eles reduzirem a fertilização agora, veremos os efeitos em 2013”. A federação colombiana dos cafeicultores previu em meados de Outubro que, graças à melhoria das condições climatéricas, a próxima safra poderia chegar a 10 milhões de sacas.
Carlos Rojas afirmou que os proprietários de cerca de 200 mil hectares de cafezais, renovados em 2007, 2008 e 2009, que já começaram a frutificar, deveriam estar a fertilizar o solo agora, mas que muitos decidiram poupar ou eliminar o uso de agroquímicos.
“Até mesmo os grandes cafeicultores não conseguem fertilizar, porque estamos a vender os grãos com prejuízo”, afirmou o cafeicultor Juan Álvaro Arboleda, que cultiva 300 hectares na província de Antioquia. “Precisamos começar a sacrificar a renovação, a fertilização e outros gastos.”
Fonte: Revista Cafeicultura