Encarando a exportação como a “única alternativa sustentável” para o crescimento da actividade, a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) sustenta que deverá fazer-se uma aposta no “espresso português”, considerando-o de características únicas no mundo.
No âmbito da conferência ”Exportar sabores e aromas do café com marca portuguesa”, que a AICC promoveu no Porto, na passada semana, Maria José Barbosa, presidente da referida associação, realçou como principal “vantagem competitiva” do café nacional o “espresso português, que não existe em mais lado nenhum do mundo”. Em reforço desta convicção, a responsável referiu que, embora os italianos tivessem sido os pioneiros do espresso, o espresso português “é neste momento muito superior ao italiano”.
Para além dos lotes criteriosamente selecionados pelos torrefactores nacionais, Maria José Barbosa ressaltou ainda a técnica de torra a que este é sujeito: Temos um saber da torra, um tipo de torra que será muito melhor aceite, por exemplo, nos países nórdicos, do que o café italiano, que tem uma torra mais apertada, quase queimada”.
Sublinhe-se que, em 2011, o consumo de café em Portugal atingiu as 36.500 toneladas, com as exportações de café torrado a registarem 9.600 toneladas.
Dando conta do notável impulso que as exportações de café nacional sofreram nos últimos anos, comentou: “Durante muito tempo não exportávamos nenhum café torrado, mas de 2005 a 2011 as exportações nacionais mais do que duplicaram e, hoje, já exportamos mais do que importamos, sobretudo para Espanha, mas também para França, Luxemburgo, Inglaterra, Brasil, Angola e ex-colónias portuguesas”. Como alvos privilegiados para onde exportar, a mesma responsável sugeriu “todas as zonas do mundo com taxas de crescimento positivas, desde o continente africano à Ásia”.
Fonte: Hostel Vending Portugal