Dados da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) apontam, no próximo ano, para uma tendência de crescimento mais acentuado do consumo de café no lar, prevendo-se, em contrapartida, uma quebra do consumo, na ordem dos 6%, nos espaços que habitualmente o comercializam, como cafés, bares, restaurantes e hotéis.
Para esta tendência de quebra são adiantadas diversas razões, como é o caso da contenção nas despesas com o consumo e também o novo quadro legal fiscal que abrange restaurantes e cafés, que, eliminando a taxa intermédia do IVA, promove o afastamento dos consumidores. O aumento do consumo de café no lar fica a dever-se também à “introdução de novas formas de tomar café: pastilhas e cápsulas”, explicou Maria José Barbosa, presidente da AICC. Em termos percentuais, o consumo de café no lar ascende já aos 27% do total do mercado, representando um acréscimo de 7% face ao verificado em 2010.
Os mesmos dados revelam que em Portugal se ingere 2,2 chávenas diárias, o que corresponde a uma quantidade de café 35% inferior à registada pela média europeia. A diferença ainda se acentua mais quando comparamos o consumo nacional com o dos países nórdicos, como Finlândia e Noruega, onde são consumidos dez quilos de café por ano e per capita, contra os 4,26 quilos de Portugal.
Fonte: Hostel Vending Portugal