O presidente da Associação de Cafés Finos de África, Harrison Kalua, afirmou que pouco café é consumido no Uganda, o que ajuda a desestimular a produção. “A primeira coisa que precisamos trabalhar é o consumo doméstico. É fundamental que mudemos o pensamento das pessoas”, salientou, durante uma reunião organizada pela Autoridade de Desenvolvimento do Café do Uganda (UCDA) e outros membros do sector, antes da Conferência e Exibição de Cafés Finos de África que deverá ocorrer em Fevereiro no país.
A conferência visa reunir produtores com potenciais compradores para eliminar intermediários e construir relações comerciais e redes de informações sobre o café. Harrison Kalua afirmou que a baixa produção de café não estimula a adição de valor e limita o crescimento dos mercados domésticos. Ele enfatiza também que muitos países africanos não produzem café e os poucos que produzem preferem exportar para a Europa e Estados Unidos. “O que precisamos fazer é primeiro criar uma procura dentro de África. Uma vez que isso seja conseguido, será mais fácil adicionar valor e optimizar o nosso acesso ao mercado europeu”.
Na mesma reunião, a UCDA anunciou que contratou um produtor comercial para multiplicar dois milhões de mudas de café que serão distribuídas nas áreas de produção do país. As mudas estão a ser multiplicadas a partir das sete linhas recentemente encontradas de café, que são resistentes a doenças, à medida que a traqueomicose do café tem sido uma das maiores ameaças à produção de café do Uganda.
Fonte: Revista Cafeicultura