Os preços do café chegaram hoje, em Nova Iorque, aos valores mais elevados desde 1997, alavancados pelos receios de que a produção não seja suficiente para satisfazer a procura.
Segundo o New York Board of Trade, as reservas de café caíram para 1,64 milhões de sacas, na passada sexta-feira. Já a Federação Nacional de Produtores de Café da Colômbia, disse, a 21 de Janeiro, que esperava uma quebra nas colheitas em Antioquia, a maior região produtora do país, devido ao excesso de chuva neste Verão.
“O mercado espera que haja uma redução na colheita colombiana, devido às chuvas de 2010, e agora estas tempestades no Brasil também podem ter impacto na produção de café, o que está a concentrar toda a atenção dos investidores”, disse à Bloomberg, Keith Flury, do Rabobank (Londres, Reino Unido). “Com este contexto já “apertado”, qualquer potencial redução nas colheitas deverá resultar em movimentos notórios do preço do café”, acrescentou o mesmo perito.
A Colômbia, que é o principal produtor mundial de café, produziu 8,9 milhões de sacas de café no ano passado, abaixo da estimativa de 12 milhões de sacas.
É neste contexto que o lote de café Arábica, para entrega em Março, avançava mais de 2% em Nova Iorque, e já esteve a negociar nos 2.5075 dólares a libra, o valor mais elevado dos últimos 14 anos. Já o lote de café Robusta apreciava 2,7%, para 2.187 dólares a tonelada métrica, depois de ter tocado nos 2.204 dólares, valor máximo desde 1998.
Fonte: Diário Económico