Subscrição de CoffeeLetters

Os produtores de café da Guatemala parecem estar numa corrida de desafios na questão da ferrugem do café há alguns anos graças às incertezas referentes às três variedades resistentes ao fungo, que impulsionaram os oficiais a se posicionarem contra os replantios agora.
Os surtos de ferrugem do café na América Central causaram perdas ainda maiores à produção da Guatemala do que se pensava originalmente, afirmou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reduzindo sua previsão para 2013/14 em 480.000 sacas, para 3,42 milhões de sacas.
Nesse nível, a produção representaria o menor volume em 20 anos, 19,8% a menos que na estação anterior, que em si viu alguns danos na fase inicial do surto de ferrugem. A doença tornou-se “epidémica, geograficamente dispersa e com maior intensidade e maior impacto nas plantas”, afirmou o USDA.
Entretanto, embora muitos países tenham respondido aos surtos de ferrugem do café por programas massivos de estimulação de replantio de plantas resistentes ao fungo, os produtores da Guatemala estão a ser estimulados a travar um pouco esse replantio.
A Associação de Produtores de Café da Guatemala (Anacafé) está a pedir que os produtores “resistam à tentação de replantar rapidamente” com as plantas resistentes à ferrugem até que fique mais claro que essas variedades existentes produzem um café com bom sabor e não são susceptíveis a outras doenças do café.
Os produtores em alguns outros países queixaram-se dos rendimentos e da qualidade dos grãos das plantas resistentes à ferrugem, como o tipo Castillo, que foi cultivado na Colômbia. Alguns produtores colombianos preferiram usar as variedades tradicionais, e usar fungicida, enquanto outros misturaram plantas de Castillo com tipos históricos, frequentemente plantando plantas resistentes à ferrugem como um tampão entre outras variedades.
De facto, os produtores da Guatemala tiveram algum sucesso em limitar os danos da ferrugem, especialmente nas plantações em altitudes maiores, com maior humidade e maiores temperaturas em áreas abaixo de 2.500 pés, encorajando a disseminação da doença.
“Com a manipulação adequada e apropriada, o café não é tão devastador quanto se tem reportado. O manuseamento do plantio, em conjunto com nutrição adequada e aspersão preventiva durante as fases vegetativa e de floração, leva à boa colheita de café”.
O USDA prevê que a colheita de café da Guatemala recuperará “levemente” em 2014/15, para 3,62 milhões de sacas.
Fonte: Café Point