Subscrição de CoffeeLetters

O consumo de café está associado a um menor risco de recorrência do cancro da próstata, de acordo com estudo de investigadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos EUA, avança o portal Isaúde.
Os resultados mostram que os compostos bioactivos presentes no café e no chá podem prevenir a doença de retornar e atrasar a sua progressão.
A líder da investigação, Janet L. Stanford, e os seus colegas descobriram que os homens que bebiam quatro ou mais chávenas de café por dia experimentaram uma redução de 59% no risco de recorrência do cancro da próstata e/ou progressão, em comparação com aqueles que bebiam apenas uma ou menos chávenas por semana.
O estudo envolveu 1.001 sobreviventes de cancro da próstata, com idades entre 35 e 74 anos de idade no momento do diagnóstico, entre 2002 e 2005.
Os participantes responderam a perguntas sobre a sua dieta e consumo de bebidas dois anos antes do diagnóstico do cancro da próstata através de um questionário de frequência alimentar e foram entrevistados sobre informações demográficas e de estilo de vida, história familiar de cancro e uso de medicamentos.
Dos participantes, 630 responderam a questões referentes à ingestão de café, encaixaram-se nos critérios de acompanhamento e foram incluídos na análise final. Destes, 61% dos homens consumiram pelo menos uma chávena de café por dia e 12% consumiram uma quantidade maior: quatro ou mais chávenas por dia.
"O nosso estudo difere dos anteriores porque usamos uma definição composta da reincidência e progressão do cancro da próstata. Usando dados detalhados, podemos determinar se um paciente tem risco de recorrência ou progressão do cancro da próstata", afirma o primeiro autor Milan Geybels.
Segundo os investigadores, as actividades biológicas associadas com o consumo de compostos fito-químicos encontrados no café incluem efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, além da modulação do metabolismo da glicose.
Apesar dos resultados promissores, a equipa enfatiza que o café ou os seus componentes ainda não podem ser recomendados para prevenção secundária do cancro da próstata antes que seu efeito preventivo seja demonstrado num ensaio clínico.
Fonte: Portal de Oncologia Português