El Salvador foi, a partir de meados do século passado, um dos países produtores de café de maior qualidade e prestígio internacional. Inclusive, o café salvadorenho, juntamente com o guatemalteco e hondurenho, pautavam os padrões para estabelecer as qualidades dos chamados “outros suaves” no mercado global. Há 20 anos, o país produzia facilmente 4,3 milhões de quintais (3,30 milhões de sacas). No entanto, o parque cafeeiro foi sistematicamente envelhecendo e sendo descuidado, e agora apenas se projeta uma safra ao redor de 2 milhões de quintais (1,53 milhão de sacas) para essa importante origem.
Países como as Honduras, que se posicionavam atrás no ranking dos produtores de café, estão hoje na vanguarda. Os hondurenhos conseguiram triplicar a sua produção em três anos, tendo conseguido, inclusive, superar os problemas da bienalidade das lavouras, e os pequenos produtores conseguem ter na cultura do café uma fonte eficiente de subsistência. Neste ano cafeeiro de 2011/2012, a nação espera contar com uma produção de 6 milhões de quintais (4,6 milhões de sacas), sendo que toda a região da América Central deve contar com uma safra de 16,5 milhões de sacas.
O café gerou para El Salvador receitas de 464 milhões de dólares, no ano passado, sendo que este ano deverá ter uma queda considerável, de cerca de 200 milhões de dólares, já que a produção deverá recuar para apenas 1,4 milhão de quintais (1,07 milhão de sacas). O grão chegou, há pouco mais de um ano, a um dos seus melhores níveis de preço, 300 dólares, porém agora o café com entrega imediata ronda os 182 dólares o quintal (saca de 46 quilos).
Fonte: Revista Cafeicultura