A Organização Internacional do Café (OIC) anunciou na Segunda-feira que aumentou em 0,5% a sua estimativa para a safra mundial do produto em 2012/13, deixando-a em 145,2 milhões de sacas (60 quilos cada), graças à melhoria nas condições dos cafezais no Brasil e na Colômbia.
A nova estimativa para esta safra, que terminou em 30 de Setembro, indica um volume 9,6% superior ao que foi colhido em 2011/12, e representa a maior cifra já divulgada publicamente neste tipo de avaliação, que é feita desde a safra de 1990/91.
No seu relatório mensal, a OIC afirmou que a produção de café Robusta cresceu 11,6%, chegando a um volume estimado de 56,4 milhões de sacas, enquanto a produção de café Arábica cresceu 8,4%, para alcançar 88,8 milhões de sacas.
A safra no Brasil, que é o maior produtor mundial, aumentou 16,9%, alcançando 50,83 milhões de sacas.
A Colômbia, maior produtor mundial do café Arábica lavado, manteve a trajetória de recuperação dos seus cafezais, após quatro anos de safras inferiores à média. A estimativa para a safra recém-encerrada no país ficou em 10 milhões de sacas, ou 30,7% a mais do que em 2011/12.
Já os cafezais da América Central e México tiveram uma safra 14,7% inferior à anterior, ficando em 17,3 milhões de sacas. A doença fúngica conhecida como ferrugem contribuiu para isso.
O relatório aponta também um aumento de 74,7% na safra de café da Indonésia, e resultados positivos para países como Etiópia e Uruguai.
O Vietname, maior produtor mundial de café Robusta, deve ter uma safra 1,3% inferior à anterior, na faixa de 22 milhões de sacas.
Ao mesmo tempo, o consumo global no ano-calendário de 2012 atingiu um volume estimado em 142 milhões de sacas, alta de 2,1% em relação a 2011, segundo a OIC. Nos últimos quatro anos, o crescimento médio anual do mercado ficou em 2,4%.
Fonte: Revista Cafeicultura