Segundo dados divulgados pela OIC (Organização Internacional do Café), o café apresentou, no passado mês de Julho, uma subida ligeira dos preços, favorecida pela possibilidade de geada nas regiões de cultivo do Brasil, a que se seguiu uma nova descida.
Por comparação com o mês anterior, a média do preço indicativo composto aumentou 1.2% para os 118.93 centavos de dólar/libra-peso, permanecendo, no entanto, no segundo nível mais baixo desde Setembro de 2009. Esta subida ficou a dever-se, sobretudo, ao desempenho dos Robustas, que tiveram um acréscimo de 4,9% em relação a Junho.
Os Suaves Colombianos, Outros Suaves e Naturais Brasileiros apresentaram resultados contraditórios. Depois de uma rápida subida no meio do mês, devido à ameaça de geada no Brasil, verificou-se uma perda de valor até final do mês. Os três indicadores Arábica terminaram o mês com níveis diários inferiores àqueles com que o iniciaram.
O total de produção no ano-safra 2012/2013 está estimado, actualmente, em cerca de 144.5 milhões de sacas, um aumento de 7,7% face a 2011/2012. São esperados níveis mais elevados de produção na maior parte dos países exportadores, ressalvando-se vários países da América Central, fortemente prejudicados pelo surto de ferrugem na região.
A arbitragem entre os Arábicas e os Robustas também diminuiu mais, com as diferenças de preço entre os três indicadores do grupo Arábicas e o indicador do grupo Robustas a fixarem-se no seu nível mais baixo desde Dezembro de 2008.
Relembre-se, uma vez mais, que as exportações totais para os nove primeiros meses do ano cafeeiro 2012/2013 (Outubro a Junho) chegaram aos 84.3 milhões de sacas, correspondendo a um aumento de 3,4% face ao mesmo período do ano passado. Entre os quatro grupos de café, a subida mais acentuada teve lugar nos Suaves Colombianos , que registaram um volume de 7.5 milhões de sacas, 17% superior aos 6.5 milhões exportados entre Outubro e Junho de 2011/2012.
Fonte: Hostel Vending Portugal