Não há qualquer relação entre a quantidade de café consumida e a diminuição da densidade mineral óssea, um dos factores responsáveis pelo desenvolvimento da osteoporose, segundo as conclusões de um estudo elaborado na Universidade de Trakya (Turquia).
Um grupo de médicos e fisiatras conduziu um estudo para avaliar o impacto do consumo de café em mulheres durante a pré-menopausa. O objectivo era determinar se o consumo de café tinha influência na alteração dos valores de densidade mineral óssea na pós-menopausa.
Após acompanharem 200 mulheres, os investigadores não encontraram qualquer relação entre a quantidade de café consumida e os níveis de densidade mineral. A idade avançada, a duração da menopausa e o tabagismo foram identificados como factores de risco para desenvolvimento de osteoporose.
“Ao contrário do que tem vindo a ser difundido, os estudos indicam não existir qualquer relação entre a cafeína e um maior risco ou propensão para desenvolver osteoporose. Tal está relacionado com o facto de a cafeína não interferir com a absorção do cálcio, que é controlado por uma série de hormonas e pela vitamina D, ou seja, a cada 1.200 miligramas de cálcio ingeridas ao dia, apenas 300 miligramas são absorvidos”, explica Carlos Martins, investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e por uma alteração da qualidade microestrutural do osso, levando a uma diminuição da resistência óssea e ao consequente aumento do risco de fracturas.
Fonte: Revista Cafeicultura