Cientistas noruegueses têm mais boas notícias para os amantes de café. Os investigadores já tinham encontrado evidências de que o consumo de café ajuda a perder peso, a reduzir o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer ou demência, auxilia no desenvolvimento muscular, protege contra alguns tipos de cancro e até reduz o risco de morte prematura, entre outros benefícios. A novidade é que a ingestão de café reduz a dor física.
A surpreendente descoberta teve por base um estudo que envolveu 48 voluntários, que concordaram em passar 90 minutos a simular que executavam tarefas ao computador que imitavam o trabalho de escritório. As tarefas eram conhecidas por causar dores nos ombros, no pescoço, nos antebraços e nos pulsos, e os investigadores pretendiam comparar como pessoas com dor crónica e outras sem dores toleravam as tarefas.
Por uma questão de conveniência, os investigadores permitiram que os voluntários ingerissem café antes de realizarem o teste, “para evitar efeitos indesejáveis de privação da cafeína, tais como diminuição do vigor e estado de alerta, sonolência e fadiga”, afirmaram.
Quando analisaram os resultados, os cientistas do Instituto Nacional de Saúde Ocupacional da Noruega e do Hospital Universitário de Oslo, constataram que 19 pessoas que consumiram café reportaram uma mais baixa intensidade de dor do que as 29 que não consumiram. Por exemplo, a intensidade média da dor nos ombros e no pescoço foi classificada em 41 (numa escala de 100 pontos) entre os consumidores de café, e em 55 pelos que se absteram do consumo. Lacunas semelhantes foram encontradas para todos os pontos de dor medidos, e o aparente efeito de redução da dor manteve-se quer os indivíduos sofressem de dor crónica ou não.
Os autores do estudo, que foi publicado esta semana no jornal BMC Research Notes, alertaram que uma vez que o estudo não foi preparado para testar a influência do café na dor, os resultados surgem com muitas incertezas. Para começar, os investigadores não sabem que quantidade de café os consumidores ingeriram antes de realizarem as tarefas ao computador.
Fonte: Los Angeles Times