A Organização Internacional do Café (OIC) considera “plausível” o mercado mundial absorver mais 20 milhões de sacas de 60 quilos de café até ao fim da década. Segundo a OIC, o consumo mundial apresentou um forte crescimento nos últimos dez anos, alcançando 137,9 milhões de sacas em 2011.
De acordo com o relatório da OIC, a taxa média anual de crescimento nos mercados tradicionais (como Estados Unidos, Europa e Japão), nos últimos 10 anos, foi de cerca de 1,6%, enquanto que em países emergentes e exportadores a taxa de consumo alcançou, respectivamente, 3,5% e 4,3%.
Em termos absolutos, o maior aumento ocorreu no Brasil, que adicionou cerca de 6 milhões de sacas ao consumo desde 2001. Segundo a OIC, se o ritmo da procura se mantiver, o Brasil deve superar os EUA em breve, tornando-se o maior consumidor mundial de café.
Os maiores índices de consumo per capita são observados na Escandinávia e na Suíça, com a Alemanha e Canadá também no mesmo nível de 6 quilos/habitante/ano. No resto da Europa, o consumo per capita tem sido estável, até com uma leve diminuição, como em Espanha, Itália e Reino Unido.
Entre os países exportadores, o Brasil tem, de longe, a mais elevada taxa de consumo per capita, com 6 quilos por ano. A OIC observa, no entanto, que os níveis de consumo são relativamente significativos em países como Honduras, Costa Rica e Etiópia. “No entanto, há um enorme potencial para o crescimento, particularmente em países com grandes populações, como Índia, Indonésia e México”, informa a organização. Segundo a OIC, os países exportadores já representam actualmente 31% do consumo mundial, em comparação com 25% em 2001.
Fonte: Revista Cafeicultura