Os preços actuais do café impedem uma situação de conforto para o aumento da produção mundial, avalia o director executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva. Recentemente, as cotações caíram, assustando os produtores. Nos últimos dias, o café começou a recuperar diante das preocupações com a qualidade a safra brasileira que chega lentamente ao mercado, afectada pelas chuvas, além da melhoria do cenário geral.
“Percebeu-se, em primeiro lugar, que o quadro de oferta e procura para o café continua muito apertado”, afirmou Robério Silva. Apesar da tentativa de retoma, o director executivo da OIC acredita que os preços ainda não trazem a perspectiva de crescimento da produção mundial. “É preciso criar incentivos de médio e longo prazo para permitir a recuperação da produção de café”, salientou. “O principal incentivo é sempre o preço”. O executivo acredita que um patamar de US$ 2,00 por libra-peso seria razoável apara estimular o plantio – e frisa que essa é a sua própria estimativa, e não da OIC. Actualmente a cotação está por volta de US$ 1,80 por libra-peso. “Os produtores ficaram muito inseguros, a verdade é essa”.
Fonte: Revista Cafeicultura