Subscrição de CoffeeLetters

O abandono da produção cafeeira no México é, em parte, devido ao facto de o Governo Federal ter permitido a entrada de café da América Central de menor qualidade que o nacional “mas mais económico”.
De acordo com Obdulio Bandala Jiménez, as grandes empresas compram esse produto mais barato, suprindo a sua procura e deixando de comprar o café mexicano.
Perante esta situação, no dia 2 de Agosto os produtores e líderes do sector de café do México fizeram uma reunião na capital do país para analisar o panorama nacional e apresentar perspectivas para o crescimento e o desenvolvimento da cafeicultura e, assim, chegaram a um acordo de propor ao Governo Federal a reactivação económica do campo. Para isso, é necessário um orçamento para 2014 de aproximadamente 2,8 bilhões de pesos (US$ 214,28 milhões).
Obdulio Jiménez reiterou que a procura de um melhor orçamento à cafeicultura não será a solução, mas será um incentivo para que as pessoas continuem a produzir e renovar as suas fazendas e que essas sejam um pouco mais rentáveis.
Afirmou ainda que no campo cafeeiro actualmente há fome. “Muita fome e muita miséria”, pois o preço do café caiu a 5 pesos (US$ 0,38) por quilo e “lamentavelmente nessa região, 10 quintais (sacas de 46 quilos) por hectare em média, e a pergunta é: como viverão essas pessoas? Por isso, temos que ter a cultura de renovação de fazendas, para que sejam mais rentáveis”.
Em 2012, afirmou que não houve atenção ao produtor por parte das dependências do sector agropecuário. No entanto, os produtores dessa região adquiriram novas plantas a um custo de 2,50 (US$ 0,19).
“Em 2011, houve um pouco de recursos e, em 2013, ainda não chegou nada de recursos ao sector e ainda assim os produtores seguem trabalhando para não quebrar e ficar na pior miséria”.
Finalmente, propôs que os recursos federais sejam geridos pela Associação Mexicana da Cadeia Produtiva de Café (Amecafé) para que esses cheguem a tempo e sejam entregues directamente aos produtores e, assim, haja um responsável pelo gestão e distribuição dos recursos.
Fonte: Revista Cafeicultura