Subscrição de CoffeeLetters

Mais um benefício para a saúde foi atribuído ao café. Desta vez, investigadores do Beth Israel Medical Center, hospital ligado à Universidade de Harvard (EUA), concluíram que quem consome moderadamente a bebida pode apresentar até menos 11% de probabilidade de vir a sofrer de insuficiência cardíaca. O estudo foi divulgado na publicação da Associação Americana do Coração: Circulation: Heart Failure.
Segundo Elizabeth Mostofsky, autora do estudo, em comparação com a ausência de consumo, a protecção mais forte foi entre pessoas que ingeriam uma quantidade diária de café equivalente a dois copos americanos.
Este resultado foi baseado na análise de outros cinco estudos anteriores – quatro realizados na Suécia e um na Finlândia – que examinaram a relação entre o consumo de café e a insuficiência cardíaca. Ao todo, foram envolvidos 140.220 participantes e registados 6.522 casos de insuficiência cardíaca, de Janeiro de 1966 a Dezembro de 2011.
De acordo com os autores do estudo, a relação entre o café e a protecção ao coração segue o padrão da ‘curva em J’, ou seja, os benefícios de protecção aumentam até ao consumo aproximado de dois copos americanos por dia (cerca de 472 mililitros). Está relação não é ainda clara, mas os investigadores afirmam que parte da resposta pode estar na intersecção entre o consumo regular de café e dois dos factores de risco para a insuficiência cardíaca – diabetes e pressão arterial elevada.
“Há uma boa quantidade de investigações que demonstram que beber café reduz o risco de diabetes tipo 2”, afirma Murray Mittleman, autor sénior do estudo. “É lógico que se diminuirmos o risco de diabetes, também diminuiremos o risco de insuficiência cardíaca”. Também poderá existir um benefício na pressão arterial, já que estudos têm mostrado consistentemente que o consumo ligeiro de café e cafeína aumenta a pressão arterial, “mas que em escala moderada de consumo, as pessoas tendem a desenvolver uma tolerância onde beber café não representa um risco e pode até proteger contra o aumento da pressão arterial”, afirma Murray Mittleman.
Fonte: CenárioMT