Subscrição de CoffeeLetters

A presidente da direcção da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), Maria José Barbosa, afirmou esta quarta-feira que o preço do café para o consumidor deverá manter-se no próximo ano. “Não se esperam grandes alterações de preços. Não se perspectiva que subam no próximo nao”, afirmou a responsável à Lusa, no âmbito da conferência “Exportar sabores e aromas do café com marca Portugal”, a decorrer no Porto.


A tradicional bica, que hoje custa, em média 60 cêntimos, pode ficar cinco a dez cêntimos mais cara em 2012.
Maria José Barbosa, presidente da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), ressalva que esta “é uma opinião pessoal”, pois serão sempre os cafés e os restaurantes a fixarem os seus preços, mas considera que a bica terá de subir, cinco cêntimos, no mínimo, ou dez cêntimos no máximo. “Pode haver casas que sacrifiquem as suas margens comerciais e suportem este aumento, mas julgo que serão situações muito excepcionais”, adiantou à Lusa.


A reacção frágil da oferta de café deu o tom do movimento deste mercado em 2011. Só a título de exemplo, o indicador dos preços recebidos pelos produtores brasileiros de café arábica (Cepea/Esalq) alcançou a média de R$ 494,98 por saca, de Janeiro a Novembro de 2011, contra a média de R$ 220,11, obtida durante toda a década de 2000.


O preço do café para o consumidor vai subir em breve, dada a escalada da matéria-prima nos mercados internacionais e as “esmagadíssimas” margens de comercialização, admite a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
Contactado pela Lusa, o presidente da AHRESP, Mário Pereira Gonçalves, refere que, embora “ainda não tenha sido contactado oficialmente pelos torrefactores” neste sentido, “é inevitável que o caminho seja o de aumentar o preço do café” para os consumidores, após nove anos sem alterações.


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