O relatório mensal da Organização Mundial de Café (OIC) regista, para o passado mês de Agosto, uma queda de 6,6% no preço indicativo composto do café. De acordo com a organização, esta revisão em baixa vai ao encontro da tendência de queda observada durante o último ano, apesar de no último mês de Julho se ter verificado uma ligeira recuperação.
Em termos de grupos de café, todos os seus quatro constituintes perderam valor, com maior repercussão no caso dos Arábicas do que nos Robustas. Esta tendência de baixa generalizada, que afectou o comércio de cafés a nível mundial, traduziu-se, de igual forma, na Bolsa de Nova Iorque, onde os preços caíram 7,3% em relação a Julho, embora na bolsa de Londres estes se tivessem mantido inalterados. Com esta diferença de cotações, o desfasamento entre os preços de café cotados nas duas bolsas em questão continuou a diminuir.
No campo da produção, o volume total agora estimado pela OIC para a safra 2011/2012 cifra-se nos 132,7 milhões de sacas, o que representa uma ligeira queda de 1,2% em relação ao ano anterior.
Um dos factores que mais poderiam ter influência nos valores produtivos seria o impacto das intensas chuvas que se fizeram sentir no Brasil, embora, agora, esses efeitos pareçam ter sido minorados. No caso da Colômbia, outro dos mais importantes países produtores de café a nível mundial, a produção parece, de igual modo, estar em recuperação, como indicam os resultados dos últimos quatro meses, em que se verificou um significativo aumento da produção.
No que diz respeito à exportação, o total em Julho alcançou 9,1 milhões de sacas, 17,9% acima do valor exportado em Julho de 2011. Com este resultado, o total de exportações dos dez primeiros meses do ano cafeeiro de 2011/2012 cresceu para os 90,4 milhões de sacas, representando um aumento de 1,5% em relação a 2010/2011.
Fonte: Hostel Vending Portugal