A Organização Internacional do Café (OIC) reduziu a sua estimativa de produção mundial na safra 2011/12 em 1,8%. No relatório de mercado de Fevereiro, a OIC diminuiu a sua previsão de 130,9 para 128,5 milhões de sacas. Assim, a safra de 2011/12 é 4,3% menor que a de 2010/11, indicada em 134,267 milhões de sacas.
Segundo a entidade, sediada em Londres, isto reflecte em grande parte a safra menor do Brasil dentro do ciclo bienal da cultura. Com a excepção de África, onde a produção subiu 10%, para 17,8 milhões de sacas em 2011/12, em todas as outras regiões houve declínios nas colheitas.
Condições climáticas adversas também foram citadas como motivo para o declínio na safra global de 2011/12. Na América Central (contando também o México), o clima desfavorável fez a safra cair 6,2% em 2011/12. Na América do Sul, a indicação é de uma produção total em 2011/12 de 58,010 milhões de sacas, com queda de 7,6% contra as 62,812 milhões de sacas de 2010/11. A OIC afirma que a produção de café colombiana não conseguiu recuperar depois de três anos consecutivos de safras medíocres, devido a chuvas excessivas, doenças nas lavouras e replantios.
A OIC estima que o consumo mundial de café em 2011 se situou em 135,0 milhões de sacas, com incremento de 2,4% contra 2010, que foi de 131,8 milhões de sacas.
As exportações de países produtores de Outubro de 2011 a Janeiro de 2012, quatro primeiros meses da temporada 2011/12, chegam a 32,592 milhões de sacas, 3,0% menos que em igual período da temporada anterior (33,612 milhões de sacas). Em Janeiro, os embarques ficaram em 8,0 milhões de sacas, queda de 10,1% contra o mesmo mês de 2011
Fonte: Revista Cafeicultura