Quanto maior a ingestão de café com cafeína durante o dia, menores os riscos de desenvolver carcinoma baso-celular, tipo de cancro de pele mais comum e menos agressivo. A descoberta, feita por investigadores da Universidade de Harvard, foi publicada no Cancer Research, uma publicação da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro.
“Não recomendaria, no entanto, o aumento do consumo de café com base apenas nestes dados”, afirmou Jiali Han, da Harvard Medical School e responsável pelo estudo. O carcinoma baso-celular é o tipo de cancro de pele mais diagnosticado nos Estados Unidos – país onde foi realizado o estudo. “Dado o grande número de novos casos, uma mudança na dieta que tenha quaisquer efeitos protectores pode ter um impacto importante na saúde pública”, salientou Jiali Han.
No estudo foram analisados dados de 112.897 participantes, dos quais 22.786 desenvolveram carcinoma baso-celular durante os mais de 20 anos de acompanhamento. Uma associação inversa foi observada entre o consumo de café e os riscos para a doença – o café descafeinado, no entanto, não foi associado com a redução dos riscos. “Esses resultados sugerem que é o café com cafeína o responsável pela redução dos riscos de carcinoma basocelular”, afirma Jiali Han.
Em contraste às descobertas, tanto o consumo de café ou somente o da cafeína (em chás, por exemplo) não foram associados com duas outras formas de cancro de pele mais letais – melanoma e carcinoma espinocelular. No grupo estudado, houve 1.953 casos de carcinoma espinocelular e 741 de melanoma. “É possível que esses números sejam insuficientes para quaisquer associações com o consumo de café”, refere Juali Han.
Fonte: Veja