Nove em cada dez pessoas tomam, pelo menos, uma chávena de café por dia. No entanto, o estigma de ser mau para a saúde ainda paira sobre ele, como sendo causador de sintomas nocivos, tais como ansiedade e palpitações.
No entanto, investigações recentes começam a desmistificar alguns dos riscos do café, embora ainda seja cedo para conclusões definitivas. “Hoje está claro que beber café não contribui para o risco de enfarte”, esclarece o professor Luiz António M. César, médico do Incor (Instituto do Coração, de São Paulo). Salientando: “Já há evidências claras de que o aumento da pressão arterial numa pessoa que bebe café regularmente é discretíssimo. É diferente para o indivíduo que nunca tomou café e de repente toma duas grandes chávenas de café”. Mas também é consensual que, para quem já possui historial médico de úlceras, gastrites ou qualquer transtorno de ansiedade, a bebida deve ser evitada.
Uma investigação realizada pelo neurologista Jorge Moll, da Rede Labs D’Or, comprovou que o café estimula centros no cérebro ligados ao prazer: “Podemos detectar o efeito do café em vários circuitos cerebrais. A primeira região é a da percepção olfactiva, chamada córtex olfactivo, onde o cheiro é percebido. Qualquer tipo de cheiro activa essa região. A activação das áreas do prazer acontece no tronco cerebral, sendo áreas que respondem fortemente a estímulos prazerosos. De certa forma, foi surpreendente ver que mesmo um aroma subtil, entregue através de vários tubos dentro de um aparelho de ressonância magnética, activa de forma tão robusta essas regiões do prazer”, revela o Dr. Jorge Moll.
Fonte: Coffee Break