Durante a temporada 2010/11, os preços do café aumentaram acentuadamente, com o preço médio do indicador da Organização Internacional do Café (OIC) a US$ 2,0565 por libra-peso, em comparação com US$ 1,3441 no período 2009/10, um aumento de 53%. Esta média na temporada 2010/11 é a maior desde 1976/77 (em termos nominais), quando o índice foi de US$ 2,2984 a libra-peso, segundo a entidade.
Todas as quatro categorias de café analisadas (cafés do Brasil, da Colômbia, cafés suaves, além da espécie Robusta) tiveram aumentos significativos de valores em relação a 2009/10. Os dados foram divulgados no relatório anual da OIC.
O diferencial entre os preços do café arábica e do robusta foi ampliado, enquanto o diferencial entre os preços dos cafés da Colômbia e outros suaves caiu 61,8% durante a temporada 2010/11.
A produção no ano-safra 2010/11 é estimada em 134,2 milhões de sacas, contra as 122,9 milhões de sacas em 2009/10, um aumento de 9,1%. Apesar do maior nível de produção, a flutuação do mercado mundial de consumo tornou possível manter um equilíbrio estreito entre oferta e procura, um factor importante de sustentação dos preços. Com excepção da Ásia e Oceânia, outras regiões exportadoras aumentaram a produção, particularmente o México, a América Central e a América do Sul.
Fonte: Revista Cafeicultura